sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

I promise



Mais alguns dias para 2020 chegar em definitivo. Depois de um ano difícil, sinto-me compelida a realinhar a rota e a reavaliar as minhas reais prioridades para o ano vindouro. 
De imediato, constato que estou num inequívoco movimento de retração, como forma de autodefesa e proteção às intempéries experimentadas à exaustão nesse 2019. E nessa espiral de interiorização, não tem sobrado muita coisa a ser preservada, a não ser eu mesma e minha sanidade.
Não obstante o turbilhão de pensamentos e de sentimentos que me chegam de forma avassaladora, tenho conseguido respirar e olhar a estrada que se abre a minha frente. 
Percebo, de pronto, que para essa caminhada é vital que a bagagem esteja bem mais leve, afinal de contas, nessa altura da minha vida, não preciso de muito, só do essencial. Vou me desnudando, aos poucos, das falsas ilusões de ter, de poder e de controle, que mais consomem do que trazem alegria e vida útil. 
O mais importante eu já pressentia: a jornada é única e pessoal. Em outras palavras, mesmo entre muitos, o meu caminhar será um ato solitário, um convite para o necessário retorno ao meu casulo, ao meu eu interior.
Engraçado que essa tomada de consciência levou-me, quase que imediatamente, a um contingenciamento de energia e, por consequência, ando banindo da minha vida as pessoas e situações demasiadamente superficiais. 
E para 2020 uma única promessa: Aproveitar a magia do momento, fazendo valer o instante sagrado de compreensão que ora recebo como presente do Universo e das Divindades que zelam pela Unidade da qual faço parte, multiplicando-o dia após dia.   

         
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