Sinto-me mais leve, sem o peso de ter que corresponder às espectativas dos outros.
Já não preciso provar nada pra ninguém, nem viver preocupada com que pensam de mim.
Com o passar do tempo fui abandonando alguns modelos "apertados" demais e que não combinavam comigo.
Uma das boas coisas que chega com a idade é a compreensão de
que somos o que podemos ser - nem mais, nem menos.
Envelhecer com sabedoria é uma arte que necessita de prática diária e, escrevendo, aprendo melhor essa difícil lição.
Há sempre um olhar para o passado e a certeza de que muitas foram as realizações.
Uma sensação de bem estar me invade e preenche o espaço vazio deixado pelas ilusões
que se foram......ideais que se vão.
Neste momento o que se passa fora de mim deixa de ter importância - fixo minha atenção na minha essencia, o que realmente tem valor. Uma escuta ativa e intuitiva das minhas reais necessidades.
O ritmo frenético do mundo moderno, as emoções baratas e descartáveis, a busca
desenfreada pelo ter, aparências, nada mais.......já não faço parte deste universo: um alívio!
O espectro, o silêncio e a invisibilidade.
A transcendência do ser.