quarta-feira, 6 de junho de 2012

Voluntário cárcere

 

Quanto mais eu vivo, mais eu desejo refugiar minha'lma num lugar onde prevaleça o amor, a ética, a compaixão pelo outro, pela natureza, pela vida em todas as suas formas......eis que descubro meu voluntário cárcere, minha prisão pérpetua, meu exílio espontâneo.....
O atalho surge atráves da música, da poesia, da literatura e artes em geral.....um mergulho, uma imersão no que realmente alimenta  meu ser, ávido de sentidos, significados, emoções verdadeiras....
Há quem busque nas substâncias psicotrópicas esta fuga do mundo real.....já o meu ópium vem de dentro de mim.....encontro-o nas fibras da minha essência primeva, telúrica e diáfana.
Hoje despertei com uma vontade incontida de passar o dia nessa instância, em suspenso, presa aos grilhões da intuição e flutuando entre cores, flores, palavras e sensações.....
Começo o dia cantando essa música linda, cuja letra transcrevo abaixo.....meu passaporte para mais um dia mágico, prisão sem chaves a que fui condenada pela eternidade!!!!!

Vilarejo - Marisa Monte


Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for