sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

No compasso do amor

Um sorriso franco e amigo, uma abraço sincero de amor e cumplicidade.
A felicidade que envolve o meu, o teu coração.
Abrindo estradas e percorrendo cada qual o seu caminho,
embora a mesma rota comporte inúmeras direções.
O teu braço forte me sustenta no abismo e me guia na escuridão de mim mesma.....sou acolhida na ternura do seu olhar.
A intensidade da vida que pulsa em cada instante, eterno encontro de almas e destinos entrelaçados.
Corremos soltos pela vida, desejosos de mundo e plenos de imensidão.
A leveza e a simplicidade de duas crianças que
constroem castelos nas nuvens.
No jardim da nossa casa, plantamos filhos e colhemos histórias.
Na realidade deste paraíso particular florecem sonhos das raízes da vida.

Divagando


As infinitas possibilidades da linguagem.

Escoam diversas semânticas do signo....

pensamentos em profusão, fonte inesgotável

do desejo de expressão.

Quando escrevo, quero falar de vários assuntos ao

mesmo tempo, num tipo de convulsão de imagens e

percepções.

Talvez a insurgência natural de uma alma condenada

eternamente à indignação, à irresignação e ao grito.

Transformar sentimentos em palavras, agonia em alento,

respirando a cada letra, nutrindo-se de cada oração.

Confissão insólita da minha incompletude e complexidade.

Se nego a escrita, afogo-me na insensatez e na loucura.

Tenho a estranha mania de sobreviver e reviver em

cada ferida aberta.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Figurante, jamais!!!!


Vivo num mundo de pessoas "faz de conta", cuja enganosa existência é "só para constar", "cumprir tabela" mesmo, num total desperdício de vida e energia.
Puro estelionato emocional, onde a "moda" é digitalizar o afeto, terceirizar a educação dos filhos, virtualizar as relações, mercantilizar as frustações e ignorar todos os sinais de alerta.
Um não-ser, complacente e manipulável: morte em vida, "zumbis" da modernidade.
Quando criança, aqueles que não podiam participar das brincadeiras, por doença, inaptidão ou fraqueza, eram chamados de "café com leite", ou seja, só "faziam número".
Hoje compreendo como a vida é repleta desses "figurantes", seres previamente derrotados,
primeiro, por si mesmos, já que são incapazes de "virar o jogo", por medo ou mera comodidade e, em segundo, pela própria natureza, onde os inaptos são, inexoravelmente, devorados, massacrados e pulverizados, todos os dias.
Numa época em que as frustações, as inquietudes e a ansiedade são diagnosticadas como transtornos, faço questão de sangrar todas as minhas feridas e, de forma feroz e quase insana, defender aa minhas crenças e pontos de vista, mesmo quando equivocados.
Fugir da minha essência é negar o que realmente sou e isso, nem pensar.
Um viver às escondidas, sob a sombra do que realmente se desejara ser não é vida, é castigo, purgação, expiação e danação.
Não fiz curso de "sobrevivência artificial na selva".
Coadjuvantes e figurantes jorram às bicas, razão porque é sempre meu o papel principal da trama. Chega a ser inevitável..... mérito meu??? não sei, mas diante de tantos vermes rastejantes, qualquer calango faz a festa!
"Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher....." eu e a Cássia Eller, para sempre, além túmulo e em todas as dimensões possíveis.
Figurante, jamaisss!!!!!













































domingo, 28 de novembro de 2010

Preceito diário: resistir, superar e ousar.


Insisto, diariamente, na resistência e na superação.

Luto contra o reducionismo, pois nada, nem

ninguém, é tão bom ou mau, sempre e completamente.

Ousadia e inovação, a opção por 'novos' (até então
desconhecidos)

caminhos, não obstante o risco que sempre acompanha os primeiros

passos.

Há, ainda, o inevitável confronto entre o velho e o nascido agora.

A segurança da estrada diariamente trilhada diante da necessidade de

abrir-se "picadas" alternativas: a exploração que evita o perecimento.

Bandeirante da sobrevivência, eis o que sou.

A alegria da busca envolve todo o meu ser e,

sem que eu me dê conta, sou suavemente compelida

a redescobrir o valor do simples e a beleza do natural.

Com a leveza e a desenvoltura de uma bailarina,

deixo-me conduzir pelos sons e movimentos do mundo.

Sou livre e estou aberta e disponível a todas as sensações.

Saudo a vida acolhendo todas as possibilidades.

Até na morte, há transformação.

Mesmos os mais imponentes "castelos" viram pó e nada.

A ilusão do "ser" e do "ter", a morte-em-vida dos que

tudo "sabem".....o lugar-comum, o cotidiano, a pseudo-sabedoria

que paralisa e obscurece.

As 'janelas' estão abertas.....o vento desembaraça os

meus pensamentos....já não tenho medo do escuro,

porque há muita luz dentro de mim.