sábado, 18 de maio de 2013

"Pobre de mim", nem pensar!!!!




Procuro manter a distância de pessoas que colocam-se sempre no papel de vítima do mundo e das circunstâncias, pois tenho verdadeiro horror a este tipo de comportamento e quando alguém tenta envolver-me nesses labirintos particulares, confesso que fico transtornada, saio de mim, viro uma fera e acabo perdendo a razão. Não consigo conviver com gente que não consegue decidir nem as coisas mais rotineiras da vida, como por exemplo, que roupa usar num simples almoço de família, pra tudo precisa do aval de alguém e, quando faz algo baseado na opinião de outrem, qualquer coisa que dá errado quem deu a opinião será sempre o culpado pelo erro, o responsável pelo fracasso do pobre ser. Essa coisa de coitadinho me dá nos nervos, nunca sei se é uma demonstração de fraqueza, covardia ou se de esperteza de quem se coloca nesse papel de frágil e incapaz, uma vez que essas criaturas nunca abandonam suas zonas de conforto, clamam todo o tempo por atenção e piedade. Não há o que baste para esse tipo de indivíduo, por mais que você faça, ainda não será o suficiente para sua satisfação, é um escoadouro de energia. Enquanto a pessoa permanece paralisada nesta postura, estagnada nesse roteiro muito bem ensaiado, quem está em volta costuma experimentar um tipo de esgotamento emocional irreversível. Esta espécie de vampirismo costuma ser a causa do rompimento de muitos relacionamentos, pois é muito difícil conviver com seres que vivem se queixando, reclamando de tudo e de todos, e que nada fazem para alterar esse quadro patético, não procuram mudar de atitude, não tomam decisões, não abandonam por nada o confortável papel de vítima para tornarem-se os protagonistas de seus destinos. Incapazes de levar a vida, imprimindo a ela a direção que desejam seguir, são levados pela mesma....seja o que Deus quiser, costumam dizer....o que tiver que ser será....e assim, permanecem na letargia, cultuando a inação tão comum aos "pobre de mim", até que a morte chega e na cena final coroa o triste espetáculo de uma vida tão desperdiçada, pois neste exato momento não há mais o que querer, não há mais o que decidir, só o inexorável fim.