terça-feira, 2 de agosto de 2011

La bambina e il mare.....



…Vivo tutti i giorni…. sogno…lá in fondo al mare, esserci quella serenitá che tanto tocca i sensi.
I giorni e gli anni volano inesorabilemente. Non ci si accorge nemmeno che si é piú grandi…piú vecchi….piú maturi o….meno…chissá..
La gente corre dietro a cose impossibili, non si accorge di tutto ció che circonda ognuno di noi…..il tempo passa e non lascia spazio alla riflessione…. che tanto ci aiuta a capire.
E cosí é passato anche un altro anno, é arrivata l’estate…e giá stá finendo!
Sogno quella riva al mare che scroscia e sbatte su se stessa…come una culla di profumi e ricordi….che ci prende per mano e ci porta indietro….si….indietro a quei giorni d’infanzia, di giochi e di fantasia, dove tutto era gioioso, dove tutto brillava di sogni…..dove i sogni…avevano spazio.
Mare…mare mio, che tanto ti guardo e ti contemplo…..
aspettaci….ti accarezzeremo e sfioreremo con leggerezza e amore….
non deluderci…
….non anche tu.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Poesia para ler e sonhar: Alfonsina Storni


Alfonsina Storni foi uma mulher inquieta. Nasceu em 29 de maio de 1892 no Cantão Ticino da Suíça italiana. Chegou com os pais à Argentina quando tinha quatro anos de idade,e passou a infância na província de San Juan, continuou os estudos na província de Santa Fé, tornando-se professora primária. Trabalhou desde jovem numa fábrica de chapéus em Rosario, e depois como professora. Já publicava poemas em diversas revistas. Partiu para Buenos Aires onde trabalhou como vendedora numa casa comercial. Escrevia muito e logo se integrou ao universo intelectual da cidade. Forte, arrojada, ávida de vida, era rodeada de amigos e de projetos. Enfrentou muitos obstáculos, dos diversos preconceitos sociais às dificuldades econômicas. De um relacionamento amoroso profundo e tumultuado, nasceu, em 1912, o seu filho único, Alejandro. Em 1916 editou o primeiro livro de poesias “ La inquietud del rosal”, que recebeu muitos prêmios. Alfonsina teve papel importante na criação da Sociedade Argentina de Escritores; foi professora no Teatro Infantil Albarden, na Escola Normal das Lenguas Vivas e no Conservatório Nacional de Música. Participava ativamente da vida cultural da cidade, mantinha relações com todos os intelectuais e se destacava tanto no campo das idéias como no comportamento, pela independência e originalidade de suas atividades. No Café Tortoni conheceu Federico Garcia Lorca quando este esteve em Buenos Aires na estréia de sua obra “Bodas de Sangue”, entre 1933 e 1934. No ano seguinte, Alfonsina adoeceu e teve o diagnóstico de câncer de mama; sofreu uma cirurgia e perdeu o seio esquerdo. Desenvolveu então profundo quadro melancólico e se isolou por muito tempo. Em 1937 viajou ao Chile onde encontrou seus amigos e colegas de trabalho. Ao retornar da viagem, tomou conhecimento do suicídio de Horácio Quiroga, o grande dramaturgo uruguaio com quem tinha profundas relações afetivas, e que, na época, também estava com um câncer e enfrentava trágicos acontecimentos familiares.
Em 18 de outubro de 1938, seguiu para Mar Del Plata para descansar, e dali enviou ao Jornal “La Nacion” seu poema “Voy a dormir”. Na madrugada de 25 de outubro de 1938, aos 46 anos, depois de ditar uma carta para seu filho, caminhou para o mar sob uma tempestade. Pela manhã, seu corpo foi descoberto na praia.


VOY A DORMIR

"Dientes de flores, cofia de rocio,
manos de hierbas, tú, nodriza fina,
tenme prestas las sábanas terrosas
y el edredón de musgos encardados.

Voy a dormir, nodríza mía, acuéstame.
Ponme una lámpara a la cabecera;
una constelacíón; la que te guste;
todas son buenas; bájala un poquito.
Dejame sola: oyes romper los brotes...
te acuna un pie celeste desde arriba
y un pájaro te traza unos compases
para que olvides... Gracias.

Ah, un encargo:
si él llama nuevamente por teléfono
le dices que no insista, que he salido..."

Sua morte causou imensa comoção. Para ela foi feita uma das mais belas canções do cancioneiro argentino, imortalizada na voz de Mercedes Sosa, mas gravada por grandes intérpretes do mundo como José Carreras, Plácido Domingo e muitos outros.


Alfonsina Y El Mar
(Felix Luna e Ariel Ramirez )



Por la blanda arena
Que lame el mar
Su pequeña huella
No vuelve más.
Un sendero solo
De pena y silencio llegó
Hasta el agua profunda
Un sendero solo
De penas mudas llegó
Hasta la espuma.
Sabe Dios qué angustia
Te acompañó,
Qué dolores viejos
Calló tu voz.
Para recostarte
Arrullada en el canto
De las caracolas marinas.
La canción que canta
En el fondo oscuro del mar
La caracola.
Te vas Alfonsina
Con tu soledad.
¿Qué poemas nuevos
Fuíste a buscar?
Una voz antigüa
De viento y de sal,
Te requiebra el alma
Y la está llevando,
Y te vas hacia allá
Como en sueños,
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar.
Cinco sirenitas
Te llevarán
Por caminos de algas
Y de coral,
Y fosforescentes
Caballos marinos harán
Una ronda a tu lado.
Y los habitantes
Del agua van a jugar
Pronto a tu lado.
Bájame la lámpara
Un poco más
Déjame que duerma
Nodriza, en paz.
Y si llama él
No le digas que estoy, dile que,
Alfonsina no vuelve.
Y si llama él
No le digas nunca que estoy
Di que me he ido.
Te vas Alfonsina
Con tu soledad.
¿Qué poemas nuevos
Fuiste a buscar?
Una voz antigua
De viento y de sal,
Te requiebra el alma
Y la está llevando.
Y te vas hacia allá
Como en sueños
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar.