sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A melodia que toca o meu coração.




E os acordes finais de 2013 já ressoam por todos os cantos.
A agitação dos festejos de final de ano, férias, descanso e comemorações sem fim.
Há muito para celebrar mesmo, hoje e sempre. Só pelo fato de se estar vivo
já é motivo de regozijo e agradecimento.
Vamos nos deixar levar por essa melodia que está no ar, a embalar
nossos corações e preenchendo de sentidos a nossa vida.
Que a magia do Natal e o prenúncio de um Novo Ano de bênçãos toque fundo
cada ser vivente, renovando as forças e triplicando a fé num porvir glorioso.
E nessa sintonia de paz, amor e prosperidade mais um ciclo vai encontrando seu final, para que outro, logo em seguida, possa iniciar-se.
E assim segue a vida, de forma natural, simples e inexoravelmente bela em seu envolvente bailar.
Sigamos esse novo caminho, sem pressa, em festa!
Viver é o que basta.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Paixão instantânea

 LAVISH NO BRASIL | A grife de acessórios Lavish by Tricia Milaneze, que já faz sucesso nos Estados Unidos, Japão, México, America Latina, além de vários países do Oriente Médio e toda a Europa chega ao Brasil. À frente da representação está a empresária Marilia Dario. 


Fundada em 2005 pela designer Tricia Milaneze, a Lavish é uma marca de acessórios artesanais que combina o estilo vintage com influências modernas. As peças são confeccionados com fios banhados em ouro, crochetando uma trama de cristais e vidrilhos. As pulseiras, colares e brincos são únicos e estilosos. Desde o principio a marca tem ganhado grande atenção da mídia e passou a compor editoriais de luxo de revistas importantes como, Elle, Cosmopolitan, InStyle, Glamour entre outras.


As peças criadas e produzidas no Brasil encantam desde as mulheres mais jovens até aquelas que gostam do luxo, do brilho e do glamour, pessoas do porte de, Jennifer Lopez, Fergie, Helô e Ticiane Pinheiro e Sabrina Sato. A última a se encantar com as peças foi nada menos que Sarah Jessica Parker, uma ícone fashion. Atriz e designer se encontraram, recentemente em São Paulo, onde Sarah gravava um comercial.
Brasileira naturalizada americana, Tricia se formou em Direito e trilhou uma bem sucedida carreira nos Estados Unidos até começar a dar atenção ao que realmente sempre a inspirou, a arte. A princípio, a ideia era dar vazão à sua veia artística, mas a aceitação foi tão grande que, apenas três anos depois Lavish by Tricia Milaneze deslanchou, aumentando seu faturamento em mais de 400%. Tricia abriu mão da carreira e segurança do Direito para se dedicar, exclusivamente, à sua recém-fundada empresa.  Resultando: o crescimento é constante e a empresa está ganhando cada vez mais espaço no cenário mundial.


A trama sofisticada e os desenhos criativos da Lavish by Tricia Milaneze conquistam a mulher que busca um acessório atraente e diferenciado. Todas as joias são extremamente femininas e usáveis, alem de acessíveis, o que e muito importante diante da realidade mundial.



A Coleção tem o toque pessoal e estilo da sua CEO e designer Tricia Milaneze, que reconheceu uma lacuna no mercado para a jóias feitas a mão e de alta qualidade. Juntamente com seu irmão Gervasio Milaneze, os dois criaram jóias artesanais com estilo e luxo.
A participação de Tricia Milaneze nas grandes feiras do segmento, realizadas ao redor do mundo, fala muito sobre a presença, cada vez mais marcante, da marca Lavish by Tricia Milaneze em importantes centros de moda e de consumo. Seu sócio e irmão Gervasio Milaneze que e responsável por toda a produção.
Além da utilização de materiais de primeira qualidade, o que mais confere valor às peças Lavish by Tricia Milaneze é a forma como são executadas, 100% artesanal. À frente do processo de criação, a designer desenvolve os acessórios que são executados por artesãos brasileiros, especialistas quando o assunto é trabalho manual. 


A fábrica está instalada na Vila Mariana, em São Paulo, sendo que, hoje, todas as peças produzidas são enviadas para Fort Lauderdale, na Flórida, a partir de onde os produtos são distribuídos para os diversos pontos de venda ao redor do mundo.
Os produtos Lavish by Trícia Milaneze são compostos quase que exclusivamente de acessórios de beleza, com notório destaque para colares, pulseiras e brincos. Entretanto, a metodologia utilizada para a execução das peças permite à designer extrapolar em suas criações, produzindo peças mais ousadas como cintos, bolsas, pecas de decoração e roupas desenvolvidas individualmente.
As Coleções da Lavish by Tricia Milaneze são comercializadas em varias lojas de departamento e boutiques e também no site da empresa. Lojas como Harvey Nichols em Londres e Hong Kong, Corso Como em Milao e Seoul, Bloomingdales in Dubai, em todas as lojas Wink e boutiques de todos os Hoteis W nos EUA, no site e lojas da Anthropologie and Urbanoutifitters Group e também no Ritz Carlton Hotel em Bahamas e a Pinacoteca de Paris, para citar alguns.


Em que pese a marca já esteja consolidada em vários países, tendo como maior consumidor os Estados Unidos, e, ainda que sua fábrica se situe no Brasil, somente agora a Lavish by Tricia Milaneze está entrando no mercado brasileiro, trazendo para cá o knowhow que a tornou destaque em outros lugares.
Quem compra Lavish by Tricia Milaneze, não compra uma bijuteria, mas sim uma joia artesanal e exclusiva.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Renovação sempre!


A difícil missão de se reinventar todos os dias, buscar ânimo e forças para que o hoje seja melhor do que o ontem, num eterno ir e vir de vivências nem sempre felizes...
Ao mesmo tempo que sinto um imenso cansaço, uma certa desilusão pelas expectativas frustradas, percebo a presença de uma energia que sempre se renova, uma esperança que nunca se apaga, um não sei o quê que me impulsiona e me faz acreditar que o amanhã será invariavelmente melhor.
Às vezes, depois de uma noite mal dormida, e são muitas, acreditem, vejo-me exaurida, exausta e sem vontade de nada, mas, aos poucos, essa sensação ruim vai desaparecendo e como num passe de mágica, retomo o controle e volto à vida plena, sem  me deixar levar pelo impacto momentâneo do desânimo.
O tempo não tem interferido significativamente na intensidade da chama que me alimenta, embora o corpo físico já não tenha o vigor de outrora e se ressinta do frescor metabólico.
Compensa-se essas falhas com a experiência de uma jornada bem vivida e tudo o mais que se aprende ao longo da existência.
Acreditem, muitas vezes o não enxergar com nitidez, o não ouvir com tanta clareza e os lapsos de memória, entre outras marcas indeléveis deixadas pela passagem do tempo, são bênçãos e como tais devem ser recebidas, quiçá uma moratória, um descanso, um alívio nesse mundo tão tumultuado, uma pausa no ritmo frenético da atualidade. O necessário esvaziamento das cargas até então carregadas.
Assim, raízes fixadas, chega a hora de ver os brotos nascerem e apreciar a natureza seguir seu inexorável ciclo de vida-e-morte. Ainda há frutos para serem colhidos.
Ontem chegou o Lucas, amanhã virá ao mundo a linda Júlia, e nessas idas e vindas vamos nos renovando a cada dia, até que a missão final seja cumprida e nos tornemos luz no universo, um com Ele.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Ser original é um risco!




Hoje numa conversa deliciosa com o meu querido Vitor Borges falávamos sobre as agruras que envolvem a vida das pessoas originais, naturais e espontâneas, as quais se arriscam a viver na "Zumbilândia" que vem se tornando a sociedade dita pós moderna.
Fugir do padrão "Walking dead" de ser é para os fortes....manter-se imune ao que os antenados e cults ditam como regra é quase uma heresia nesse mundinho de aparências que temos hoje.
Ligo a TV, o rádio e lá estão os ditadores da moda, do comportamento, disso e daquilo, dizendo o que eu tenho que fazer. Nas redes sociais também não é diferente, pois não faltam aqueles que querem te convencer de alguma coisa, te converter a todo custo a uma religião, dieta, etc....
O preço é alto para fazer parte desse seleto clube e muitos pagam sorridentes esta jóia, abrindo mão da própria identidade só para serem aceitos no grupo e poderem "ver e serem vistos".
Aí eu pergunto: desde quando a superficialidade deixou de ser transparente? Ver o quê? O vazio? A não-essência? Como enxergar o invisível? Quem sabe o Super Man, com sua visão de raio-x.......essas coisas eu faço questão de não ver, sou literalmente uma cega para os modelos, standarts e paradigmas impostos por estes seres autômatos.
Não sou refém de nada e nem de ninguém. Minha consciência dita as minhas regras, meus valores e princípios são meus vetores neste labirinto que se tornou a vida em sociedade.
Sou completamente "out", demodê e cafona, como diziam na minha época e ser assim alegra a minha alma de menina-velha.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Reborn of the hell!



O pior bandido não é aquele que te toma de assalto nas ruas, sombra que surge inesperadamente dos becos escuros da periferia para, de arma em punho, anunciar em alto e bom tom ao que veio.
Definitivamente não.
Tenho pra mim que o mais tenebroso e perigoso meliante é aquele que frequenta as altas rodas (templos, tribunais, mansões e castelos), se diz servo de Deus e, cheio de orgulho, anuncia aos quatro ventos ser um soldado incansável na luta pela justiça.
Sempre muito falante e bem relacionado, engana e espolia os incautos com muita facilidade, espalhando iniquidade por onde arrasta seus pesados grilhões emocionais, qual abutre nascido das lamas da corrupção e do amálgama pantanoso do umbral, é um semeador de desgraças.
Ser das trevas, alimenta-se de restos, sobrevive na podridão, exalando, em razão disso, odores fétidos que nem as mais caras perfumarias conseguem afastar.
Age como se fosse o próprio Deus ou um Seu ungido, sempre vaidoso, vestimenta irretocável, discurso previamente engendrado para fazer sucumbir suas vítimas, as quais são incapazes de perceber no tom sombrio de seu olhar, o espectro que denuncia e reflete, inexoravelmente, as profundezas que habita sua alma contorcida em eterna agonia e devassidão.
É preciso ter cuidado e redobrar a atenção com esse tipo nefasto de individuo, embuste ambulante cada vez mais comum nos dias de hoje e, curiosamente, sempre em evidência nos ambientes em que circula, em virtude da falsa imagem que criou em torno de si, de defensor da ética e dos bons costumes, bastião inquebrantável da moralidade.
Numa sociedade em que a aparência é o que mais conta, urge reaprender o valor da essência, avaliando minuciosamente o que vai por dentro das belas maçãs que se oferecem para as donzelas desavisadas.        

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A noite escura da alma



Em uma noite escura,
De amor em vivas ânsias inflamada,
Oh, ditosa ventura!
Saí sem ser notada,
Já minha casa estando sossegada.

Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada,
Oh, ditosa ventura!
Na escuridão, velada,
Já minha casa estando sossegada.

Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,
Nem eu olhava coisa,
Sem outra luz nem guia
Além da que no coração me ardia.

Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia,
Aonde me esperava
Quem eu bem conhecia,
Em sítio onde ninguém aparecia.

Oh, noite que me guiaste!
Oh, noite mais amável que a alvorada!
Oh, noite que juntaste
Amado com amada,
Amada já no Amado transformada!
Em meu peito florido
Que, inteiro para ele só guardava,
Quedou-se adormecido,
E eu, terna, o regalava,
E dos cedros o leque o refrescava.

Da ameia a brisa amena,
Quando eu os seus cabelos afagava,
Com sua mão serena
Em meu colo soprava,
E meus sentidos todos transportava.

Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado;
Tudo cessou. Deixei-me,
Largando meu cuidado
Por entre as açucenas olvidado.

São João da Cruz
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terça-feira, 16 de julho de 2013

Viajante....



Adoro viajar, em todas as suas nuances, desde o planejamento, arrumar malas, buscar informações sobre o lugar, sair para o ver o mundo.....tudo me encanta. Acho que sou uma viajante nata! Nasci com essa vontade maluca de ver pessoas, lugares, experimentar novos sabores, ouvir novas línguas, sons, melodias....sentir aromas diferentes e ficar imaginando como vivem as pessoas que cruzam comigo pelas ruas, como são suas casas, suas vidas....se são felizes....sou atropelada por um turbilhão de sentimentos, uma sensação avassaladora de ser e pertencer a algo muito maior do que os meus olhos físicos enxergam.
Sou viajante sim, não turista! Quero muito mais do que bater perna pelos pontos badalados dessa ou daquela cidade....quero saber como as pessoas vivem, se alimentam, que som as fazem dançar, amar e dormir...busco o segredo de cada viela, de janelas e portas entreabertas a escutar o que se passa pelas ruas...vou ao encontro do povo nativo, de gente de verdade, dos frutos da terra. Não me contento com cenários e lugares minuciosamente preparados para os turistas, vou além, atrás da essencia, da razão de ser e de existir de cada lugar.
E depois desse banquete de significados, onde me farto até não poder mais, há o momento de retroceder, o êxtase do necessário retorno, da volta às origens.
Da mesma forma que adoro viajar, amo igualmente voltar pra casa, regressar ao meu universo particular, reino onde sou rainha dos espaços, onde cada objeto está impregnado de mim, de nós, de vida, de tudo que construímos nessa nossa jornada.
Eis-me aqui então! Plena de impressões sobre minha última flanada e ávida para aterrissar meus pensamentos nesse meu divã virtual e nos meus travesseiros macios, de fronhas alvas e cheirosas.....   
 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ser e pertencer




Não sou deste mundo, embora pertença a ele.
Estou em busca da dupla cidadania.
Uma parte de mim sobrevive na superfície enquanto a outra
busca sua essência no subterrâneo, descendo às profundezas
e sondando raízes naquelas que me antecederam no eterno ciclo
da vida-morte-vida.
A disolutio está em plena aceleração.
Revitalizar para sobreviver a cada estação,
deitando sementes, brotando flores e gerando frutos.
A inevitável iniciação e ingresso na Clã das Cicatrizes, onde
a resistência é mística e infinita.
É na mansidão da minha pele de veludo de Páros
que se esconde um imenso território selvagem e é neste
relevo acidentado que reside o profundo conhecimento da
minha alma.
Chego em breve, em rodopios espiralados de alegria.
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Antes que a casa caia.

É indiscutível que precisamos colocar ordem na casa. É pra ontem!
Há inúmeras reformas que urgem serem implementadas nos pilares básicos desse edifício.
Erros estruturais, material deteriorado, paredes internas rachadas, teto corroído...incontáveis problemas, profundas mazelas que carcomem, dia e noite, esse abrigo, que há muito perdeu a pompa, a característica acolhedora e vigorosa de outrora.....
Nossas portas foram abertas para o mundo, mas o mundo não nos conhece.
Por que será????
Talvez pelo simples fato que nunca admitimos, em essência, essa aproximação, com honrosas exceções, é claro.
Estamos e sempre estivemos fechados para visitação, pois mesmo escancarando os portões, não há "acesso livre" que derrube as barreiras do orgulho, da soberba e da intolerância. Se não me vejo no outro, se não me disponho a ouvi-lo,  a atende-lo, então não o aceito, não o compreendo, passando a mensagem automática de que não sou um seu igual.
Esse distanciamento, por óbvio, favorece o surgimento de "seres-ilha" e a inevitável proliferação de conchas e caracóis ensimesmados, cuidando, cada qual, de suas pérolas.
E mesmo quando o mar revolto ameaça estilhaçar e sedimentar milhares e milhares exemplares da espécie nas pedras da obliteração, há quem continue encarcerado em seus castelos de areia.
Pois bem, a necessidade de se reformar a casa é inquestionável, contudo, este é um segundo momento nesta senda de reconstrução e recuperação da essência perdida.
Antes, em primeiríssimo lugar, há que se lutar para manter em pé as estruturas que ainda restam desta morada, débil que está com os vorazes e constantes ataques dos monstros e demônios que ajudamos a criar e ainda hoje alimentamos, mesmo sem consciência plena desse processo de autopoiese.
Não podemos nos deixar enganar, o acessório não existe sem o principal, por mais que queiramos acreditar no contrário, por comodidade, medo ou sentimento de auto-preservação.   
            

sábado, 18 de maio de 2013

"Pobre de mim", nem pensar!!!!




Procuro manter a distância de pessoas que colocam-se sempre no papel de vítima do mundo e das circunstâncias, pois tenho verdadeiro horror a este tipo de comportamento e quando alguém tenta envolver-me nesses labirintos particulares, confesso que fico transtornada, saio de mim, viro uma fera e acabo perdendo a razão. Não consigo conviver com gente que não consegue decidir nem as coisas mais rotineiras da vida, como por exemplo, que roupa usar num simples almoço de família, pra tudo precisa do aval de alguém e, quando faz algo baseado na opinião de outrem, qualquer coisa que dá errado quem deu a opinião será sempre o culpado pelo erro, o responsável pelo fracasso do pobre ser. Essa coisa de coitadinho me dá nos nervos, nunca sei se é uma demonstração de fraqueza, covardia ou se de esperteza de quem se coloca nesse papel de frágil e incapaz, uma vez que essas criaturas nunca abandonam suas zonas de conforto, clamam todo o tempo por atenção e piedade. Não há o que baste para esse tipo de indivíduo, por mais que você faça, ainda não será o suficiente para sua satisfação, é um escoadouro de energia. Enquanto a pessoa permanece paralisada nesta postura, estagnada nesse roteiro muito bem ensaiado, quem está em volta costuma experimentar um tipo de esgotamento emocional irreversível. Esta espécie de vampirismo costuma ser a causa do rompimento de muitos relacionamentos, pois é muito difícil conviver com seres que vivem se queixando, reclamando de tudo e de todos, e que nada fazem para alterar esse quadro patético, não procuram mudar de atitude, não tomam decisões, não abandonam por nada o confortável papel de vítima para tornarem-se os protagonistas de seus destinos. Incapazes de levar a vida, imprimindo a ela a direção que desejam seguir, são levados pela mesma....seja o que Deus quiser, costumam dizer....o que tiver que ser será....e assim, permanecem na letargia, cultuando a inação tão comum aos "pobre de mim", até que a morte chega e na cena final coroa o triste espetáculo de uma vida tão desperdiçada, pois neste exato momento não há mais o que querer, não há mais o que decidir, só o inexorável fim. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Dica de leitura



Em A Ciranda das Mulheres Sábias: Ser Jovem Enquanto Velha, Velha Enquanto Jovem, a psicanalista e poetisa Clarissa Pinkola Estés reverencia a maturidade feminina e faz uma comovente e profunda homenagem àquelas mulheres que souberam acumular sabedoria ao longo de suas existências. O livro tem uma linguagem metafórica, que se assemelha às antigas histórias contadas de mães para filhas. 
 
Clarissa Pinkola Estés parte de um doce convite à leitora para que se acomode ao seu lado e deguste com ela a bebida que foi reservada para "uma situação especial", a fim de que possam conversar sobre "assuntos que importam de verdade" a duas mulheres, com a garantia de que "aqui sua alma está em segurança". Seduzida por uma linguagem terna, emocionante e poderosa, a autora apresenta os encantos deste "arquétipo misterioso e irresistível da mulher sábia, do qual a avó é uma representação simbólica" e que "não chega de repente, perfeitamente formado e se amolda como uma capa sobre os ombros de uma mulher de determinada idade". 
 
O aspecto mais sedutor do livro reside, justamente, na representação simbólica contida nas avós. Das matriarcas da mitologia às avós dos contos de fadas, passando por aquelas anônimas de suas vivências profissionais, a autora chega às avós de suas tradições familiares, descrevendo de forma magnífica a chegada à América das ancestrais que passaram a fazer parte de sua vida familiar, aquelas "quatro velhas refugiadas que saltaram de enormes trens pretos para o nevoeiro noturno na plataforma onde nós as aguardávamos com grande expectativa". 
 
As páginas que descrevem a riqueza armazenada pela autora através da simples existência dessas quatro velhas da família que "abriram uma porta profunda na criança que aos poucos estava sendo forçada a se calcificar" são repletas de grande ternura e muita força. Elas representam as avós arquetípicas de todos nós, que sempre identificam os caminhos do amor e da compaixão e que sabem utilizar o poder de suas ferramentas mágicas para a transformação: a mesa da cozinha, a luz do lampião, a música, a dança, a intuição, a sopa, o chá, a história, a mão amorosa, o senso de humor malicioso e muitas outras. 
 
Merece ainda destaque o paralelo traçado entre a árvore e a mulher. Assim como aquela abriga "uma árvore oculta" em suas raízes, esta possui "uma mulher oculta que cuida do estopim dourado, aquela energia brilhante, aquela fonte profunda que nunca será extinta". Ao final, as nove preces de gratidão - por todas as idosas do mundo, pelas mulheres mais velhas matreiras, pelas avós nas cozinhas, pelas tias perspicazes, pelas filhas que estão aprendendo, por todas as filhas e velhas - representam um perfeito arremate ao prazer da leitura destas 120 páginas plenas de luz, melodia, emoção e encantamento. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Em desconstrução.....

 

 

Em processo de esvaziamento da mente e ressignificação de valores e sentimentos.

Nada fácil este trabalho de arrancar das profundezas do ser as raízes das velhas crenças, dos costumes arraigados, dos dogmas cristalizados e dos saberes sedimentados sobre rotineiras e cômodas práticas.

Sair da zona de conforto....uma ampla desconstrução do ser para se tentar chegar à essência.... redução ao nada, ao não-saber, à ignorância total do que não é importante.

A busca por silenciar e aquietar as vozes internas, tornando leve o inconsciente, diminuindo a ansiedade por algo que nem se sabe o que é. 

Sofrendo pela perda de referenciais até então tidos como absolutos e verdadeiros...medo e insegurança no prenúncio da noite escura. 

Coragem e perseverança.





sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Hoje é dia......



De sair por aí sem destino certo.
Pensamentos soltos e leves como o vento.
Não quero lembrar de nada, já não me interessa quem sou,
agora são só sentimentos, sensações e desejos....
Andar sem direção, sem hora pra chegar e nem onde chegar.
Eu e o mundo.
Hoje é dia de voltar a ser criança, de recuperar os sonhos e aquele
brilho no olhar tão meus.
Hoje é dia de olhar a vida com paixão, conquistando-a a cada segundo,
beijando-a com a alegria de viver cada momento, com os sons,
as cores, os aromas e as texturas de uma obra de arte, única e
irrepetível.    
Hoje é dia de ser, estar e sentir.....amanhã, amanhã já não sei mais.
  

sábado, 26 de janeiro de 2013

Pra começar.....




Esta primeira postagem de 2013 é mais um desabafo, uma confissão, um lampejo......aliás, desde o início desse blog tenho utilizado este espaço como um "divã virtual", onde dialogo com várias pessoas e, principalmente, comigo mesma, com a "outra" Rose que habita meu ser, uma pessoa mais ponderada e equilibrada do que esta que escreve, grita, esbraveja e chora em público sem pudor, sem medo do que os outros irão dizer ou pensar de tais roupantes.
Nesta altura da vida, tudo isso já não importa mais.....
O importante é ter voz e coragem para assumir sentimentos, desejos, medos, dúvidas....sim, entendo sadio ter dúvidas, embora saiba que duvidar de tudo é deveras doentio e definitivamente, isso não combina comigo. 
Duvidar de tudo é sinal de insegurança, traz desassossego e ansiedade. Há que se ter algumas certezas nesta vida, por mais banais que sejam, caso contrário, perde-se o rumo, ignora-se a essência e desconecta-se o "eu" do mundo.
Saber o que se quer e ter certeza do caminho que será preciso percorrer para se obter tais resultados não pode ser considerado um sinal de arrogância, pois cada escolha, cada caminho, traz em si a assinatura daquele que o elege, por isso, é pessoal, individual e particular.....cada um tem o seu, e a "receita" do outro pode não ser a mais indicada para mim. 
Não subestimo experiências alheias, nem desconsidero conselhos, avisos e opiniões que se baseiam em anos de estudo e observação do comportamento humano, ao contrário, num processo de filtragem e ponderação, vou formatando e modelando meu agir, de forma a obter o melhor resultado.
Entre erros e acertos, a trajetória em busca do bem viver vai se delineando, com alguns altos e baixos, porém, de forma consciente e, se em determinada altura da viagem houver necessidade de alteração da rota inicialmente escolhida, Oxalá haja tempo e disposição para se recomeçar a jornada!