O querer fazer parte de um grupo social, identificando-se com determinados contextos culturais, raciais, religiosos......nada disso é novo, posto que faz parte da essência do homem.
O que há de diferente é a necessidade de alguns indivíduos de pertencerem, a qualquer custo, a certas "castas", das quais se infere o ser não pelo o que ele é, mas sim, pelo que ele aparenta ser, ou pelos atributos exteriores que ele ostenta.
Nestas hordas, todos são iguais, a começar pelas vestimentas que só podem ser de determinadas marcas, os carros, marcas de relógio, destinos turísticos.....tudo muito o mesmo, caso contrário não pode fazer parte do "clube", nem ter acesso ao "Olimpo".
Também as opiniões não diferem.....há uma verdadeira massificação dos "ideais" e das "idéias".
Identidade e pertecimento passam a ser categorias opostas e excludentes uma da outra.
É possível notar um vazio existencial ou, em outras palavras, um vácuo ético que preenche e circunscreve este desenho social. Um enquadramento de seres e de costumes, onde o diferente fica de fora.
Frente a tamanha solidão, sigo em direção oposta à da massa....vou em busca do elo perdido....o reencontro do ser com sua essência, com a natureza.....com o éthos original.