quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A minha missão



Não sei qual é minha missão nessa vida mas, se eu pudesse escolher, gostaria de ser uma ponte entre as pessoas e seus sonhos, ajudando-as a realizá-los.
Se eu pudesse escolher, gostaria de ser um instrumento útil na construção de mundo melhor para todos que estão ao meu lado.
Ah, seu eu pudesse eu queria ser um exemplo de vida digno para os meus pais, irmãos, marido, filhos, amigos.....
Gostaria de ser a palavra que traz alento para os desesperados, a compreensão aos desiludidos e a justiça para os desvalidos.
Eu queria ser um caminho de cura para todos que sofrem com os males da alma, um simples feixe de amor para aqueles que desistiram de acreditar nele.
Eu queria ser tanta coisa, mas não sou nada além de mim mesma.
Então, vou fazendo o possível para, pelo menos, não tornar minha passagem pela terra em vão, até porque, a vida cobra um pedágio alto para aqueles que acham que estão aqui só em passeio, de férias.
Sempre fui uma ótima aluna. Adoro aprender, conhecer.....talvez seja essa minha missão. Conhecimento ninguém subtrai, nem a morte.

O medo como aliado


O medo é um sentimento inato ao individuo. O medo primário (autêntico) é necessário, inclusive, para a sobrevivência da raça humana. Funciona como um freio, um alerta diante dos perigos iminentes, um sinal para que a pessoa recue, procure um lugar seguro, se proteja para poder sobreviver. O medo é instinto, uma inquietude que nos dá força para fugir ou reagir. Esse tipo de medo é útil.

Por outro lado, existe o medo secundário (imaginário) e irreal, criado em nossas mentes e, geralmente atrelado a um evento futuro. Essa incerteza do que virá é pertubadora e, gera imagens e cenas aterrorizantes em algumas mentes. Sem informações, preenchemos nossos pensamentos com imagens assustadoras. São exemplos desse tipo de medo, as fobias e os medos sociais.

A sensação de medo traz em si, de forma oculta, um valor, algo que se estima e que se quer preservar. Assim, o medo é nosso aliado, pois nos indica o que deve ou não ser feito em nosso benefício, da nossa saúde e, da nossa liberdade.

Contudo, o medo deixa de internalizar um viés positivo quando nos paralisa, nos deixa sem ação, ou distorce nossa visão da realidade.

Para melhor trabalhar a energia proveniente do medo temos que tomar conhecimento dele. A conscientização é o primeiro passo para ter mais opções de lidar com a situação. Quanto mais rico o "mapa" que tivermos sobre o que estamos sentindo, mais opções teremos e, estaremos controlando a sensação de medo.

Assim, é essencial reconhecer o medo irreal e o que ele produz, reconhecer e captar a intenção positiva desse medo ( o que ele quer nos dizer) e, por fim, mudar a estratégia que gera (gatilho) o medo.
O caminho para vencer o medo é entrar em ação. Coragem é ação.

Coragem é enfrentar seu medo e vencê-lo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Entre a Deusa e a Guerreira



Há um duelo entre a minha essência feminina e a masculina.
Por décadas o meu eu masculino prevaleceu, por pura necessidade de defesa e auto-afirmação, fazendo com que a guerreira se agigantasse.
A deusa, sem espaço, ficou encolhida. Tinha medo de mostrar-se. Esperava o seu momento, o dia em que a guerreira, ferida e cansada, suplicasse por sua ajuda.
E assim foi.
Esse dia chegou. A guerreira cansou-se de controlar, guerrear e impor sua vontade, como se a sua verdade fosse a única opção possível para seus oponentes.
Hoje, já exausta de tantas batalhas, a guerreira quer descansar, quer ser protegida e amada, como nunca ousou pensar.
Neste momento floresce em mim essa deusa-menina, também guerreira, forte e altiva, porém, muito mais afetuosa e ponderada.
Chegou a hora da guerreira curar suas feridas, deixando que a deusa lhe traga o bálsamo necessário às suas dores e dissabores.
É fato que uma não vive sem a outra e, a deusa só está hoje fortalecida porque soube esperar o seu tempo, o exato instante em que foi aberto o portal do desejo há tanto adiado.
Vivendo todas as cores da vida, a mulher e a menina.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A trilha sonora da minha vida


Eu não consigo viver sem a música, sem os sons do mundo que formam a trilha sonora da minha vida.

Como dizia meu pai, eu sou ligada no 220v.....é música pra tudo, pra dormir, pra amar, pra acordar, pra trabalhar, pra tomar banho, no trânsito....

Mesmo quando não há nenhum rádio ligado, toca uma música dentro de mim. Posso escutá-la com clareza.

De todas as épocas, de variados estilos, o que importa é que a música faz parte da minha vida, marcando determinados acontecimentos e pessoas que conheci.

Pode ser francesa (F comme Femme, Salvatore Adamo), italiana (Cose della Vita - Eros Ramazzoti), americana (My sweet lord - George Harrison, Eyes without a face - Billy idol), inglesa (Love will tear us apart - Joy Division), brasileira (Avohai - Zé Ramalho, Luz dos olhos - Nando Reis).

Amo rock progressivo (Yes, Pink Floid), neo clássico (Vangelis, Mike Oldfield), new age (Will Ackerman).

A música me transporta para outros mundos, viajo sem sair do lugar.

Através da música conheço outras culturas e sou uma com todos.

Meu corpo vibra com os sons do mundo, minha alma se encanta com os acordes da vida.
Os sons do silêncio e da serenidade.

Companheiros de tantas jornadas.



É surpreendente quando consigo identificar em pessoas que acabei de conhecer amigos de outras paragens.
A vibração é forte, a sintonia é fina.....reencontro de almas irmãs.
De um tempo pra cá essa sincronicidade passou a ser mais frequente, por algum motivo que desconheço, mistério que não ouso desvendar, tenho sido levada ao encontro de anjos de luz que um dia já fizeram parte da minha vida, nessa ou em outras dimensões.
Memórias estão sendo despertadas, vivencias de meus ancestrais, lembranças tênues de uma vida que não é essa que tenho. Sinto uma força incrível vinda dessas experiências passadas, como se meus antepassados estivessem todos a minha volta me energizando, fazendo valer a oportunidade que tenho desta vida atual e, assim vou honrando todas as suas lutas e valorizando o suor e as lágrimas que eles deixaram cair para tornar fertil o solo para aqueles que os sucederiam.
Me sinto acolhida quando me deparo com companheiros de outras tantas jornadas, familiarizada com esses seres que acabei de (re) conhecer, uma sensação de "déjà vu" me percorre as entranhas, acelera meus batimentos cardíacos e eletrifica minhas ondas cerebrais.´
É assim sempre, eu é que não me lembro, para o bem de mim mesma, de tudo que já fui e já fiz. É uma benção.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A palavra que queima.....



Quando falo demais, exagero e acabo proferindo palavras que ferem fundo algumas pessoas. Ainda estou aprendendo a ser mais afetuosa e feminina, me despindo, em determinados momentos, da guerreira voraz e impetuosa.
De alguma forma a minha agressividade sempre foi um escudo eficaz que me protigia de tudo e de todos. O medo de ser ferida me colocava sempre em posição de combate em relação ao outro.
A rejeição, a falta de dinheiro, a saúde delicada foram circunstâncias que forjaram em mim essa armadura. Há ocasiões em que percebo uma profunda fusão entre o que sou na essência e essa carapaça impenetrável. Geralmente é nessa hora que a magma selavagem transborda e escorrem por todos os poros palavras devastadoras, línguas de fogo certeiras e impiedosas. Não há o que soebreviva às labaredas serpentiantes e, às explosões devastadoras que saem de dentro de mim.
Após o resfriamento, sinto-me como aquela criança que quebrou o vaso mais caro da loja de cristais.
Que bom que ainda tenho toda uma eternidade para ver fecundar no solo do meu eu, sementes de serenidade e de gratidão. Haverá de crescer em mim uma árvore do perdão, do perdão que devo a tantas pessoas que atingi com minhas lâminas afiadas e também a mim....."ainda sou criança e não conheço a verdade....".