Mais uma semana termina com a sensação de dever cumprido, à exaustão.
As recompensas já são muitas diante do esforço diário de re-arranjo das emoções.
A compreensão de que só se dá aquilo que se tem sobrando e só o que houver de melhor.
A vida em toda sua dimensão, inevitável e cósmica. Tudo ao seu tempo, de forma a cuidar de cada ferida aberta, com o curativo da compreensão e do perdão.
Já não há mais tempo a perder com receitas milagrosas de bem viver ou soluções mágicas de alívio instantâneo da dor, contra-indicadas para quem não admite ser sub-julgado, encarcerado e manipulado.
Quero tudo em sua total plenitude, sem o torpor da imposição. Ser e não o dever ser.
A ânsia pueril de conformar o mundo e as sensações, tudo em palavras e sentimento.
Sorver cada gota do existir no deserto incerto do coração humano, sem a preocupação de ser exatamente o reflexo que o outro busca no espelho de sua alma egóica.
Sorrir para o vento, talvez, porém com o coração em festa e a mente tranquila. É o que basta.