Há um tempo pra tudo no incessante correr do relógio, inclusive para não se fazer absolutamente nada.
Um vazio de propósitos e de significados.
Folha em branco a esperar pela vida em todas as suas letras, alegres ou tristes.
A nudez das árvores, que se despem todas nos outonos do pensamento.
Assim, um a um, vou libertando-me dos incontáveis cansaços e dos sinuosos labirintos que consomem a energia de toda uma existência.
A percepção de ser livre, ao menos por um breve instante.....este em que escrevo, já convalida o devaneio.
Nada mais do que intuição e escuta interna.
Um passeio demorado pelas paisagens do meu ser, explorando cada espaço até então desconhecido, muitas cavernas e desfiladeiros, e até alguns precipícios pelo caminho. Muito natural e esperado.
Uma viagem silenciosa em busca do melhor de mim: eu mesma.