quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pausas necessárias

A falta de sentido e a ausência de sentimentos podem ser consideradas como um bálsamo, quando apreendidas na plenitude.
Há um tempo pra tudo no incessante correr do relógio, inclusive para não se fazer absolutamente nada.

Um vazio de propósitos e de significados.

Folha em branco a esperar pela vida em todas as suas letras, alegres ou tristes.

A nudez das árvores, que se despem todas nos outonos do pensamento.

Assim, um a um, vou libertando-me dos incontáveis cansaços e dos sinuosos labirintos que consomem a energia de toda uma existência.

A percepção de ser livre, ao menos por um breve instante.....este em que escrevo, já convalida o devaneio.

Nada mais do que intuição e escuta interna.

Um passeio demorado pelas paisagens do meu ser, explorando cada espaço até então desconhecido, muitas cavernas e desfiladeiros, e até alguns precipícios pelo caminho. Muito natural e esperado.

Uma viagem silenciosa em busca do melhor de mim: eu mesma.