terça-feira, 28 de maio de 2013

Ser e pertencer




Não sou deste mundo, embora pertença a ele.
Estou em busca da dupla cidadania.
Uma parte de mim sobrevive na superfície enquanto a outra
busca sua essência no subterrâneo, descendo às profundezas
e sondando raízes naquelas que me antecederam no eterno ciclo
da vida-morte-vida.
A disolutio está em plena aceleração.
Revitalizar para sobreviver a cada estação,
deitando sementes, brotando flores e gerando frutos.
A inevitável iniciação e ingresso na Clã das Cicatrizes, onde
a resistência é mística e infinita.
É na mansidão da minha pele de veludo de Páros
que se esconde um imenso território selvagem e é neste
relevo acidentado que reside o profundo conhecimento da
minha alma.
Chego em breve, em rodopios espiralados de alegria.