"....em algum lugar no tempo nós ainda estamos juntos, em algum lugar, ainda estamos juntos......em algum lugar no tempo, nós ainda estamos juntos.....pra sempre, pra sempre estaremos juntos......".
Essa música me encanta e a verdade que ela encerra me traz um certo conforto, um amparo para sentimentos que dormitam.
Também fico inquieta diante da infinitude e da compulsoriedade dessa "memória", congelada no tempo, cravada em minha mente, talhada em meu coração, sem letras miúdas......
O conjunto de tudo isso sou eu....o ser e suas circunstâncias de que tanto falava Ortega y Gasset, uma espécie de autopoiese emocional, se é que posso fazer essa "readaptação" da teoria de Maturana e Varela.
Tornar essa "memória" seletiva é um desafio.....o excesso de "dados" (emoções) embotam a compreensão do fenômeno em si, tornando a experiência negativa e, sua recordação, dolorosa. Limitar e dimensionar os efeitos dessas "memórias", filtrando o que realmente importa para o processo diário de recriação do ser, sem culpa pelas escolhas feitas.....o caminho só existe para quem o percorre.