sábado, 23 de fevereiro de 2019

Ainda bem....




Ainda bem que temos a Arte em todas as suas nuances e formas de expressão a nos dar refúgio e conforto nos momentos mais sombrios da existência humana....
A música, a poesia, a fotografia e tudo mais que nos arrebate a alma e o coração, nos salvando da dor das nossas próprias imperfeições e dos ruídos internos, tantos ais e lamentações....
Acordes, rimas e paisagens que num passe de mágica nos sequestram das garras amarguradas do perverso cotidiano de nós mesmos, bálsamos a refrescar feridas permanentes e a nos transportar para outras dimensões, outras vidas e outras tantas possibilidades.
A Arte abre um canal de conexão entre nós, o Divino e o Sagrado.
Nem todos conseguem transpor esse portal, pois a travessia requer mentes e corações sintonizados com o numinoso, com tudo que transcenda nossa pobre condição humana, racional e materialista.
Aventurar-se pelo desconhecido, deixar-se conduzir pela intuição, abandonar o controle, libertar-se das amarras e das crenças paralisantes e limitadoras, desaprender e transbordar.
Há tantas surpresas nessa viagem e nem é preciso perder a lucidez ou usar de subterfúgios químicos para penetrar nesse território mágico, quiçá sair do lugar, do país, do próprio corpo.
Vamos lá, esse é um convite para apurar a escuta, desembaçar a visão, desentorpecer os sentidos e brincar de ver e sentir tudo como se fosse a primeira vez....saborear cada dia como se fosse o último das nossas vidas.