quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Novo tempo



Soprando pra longe os restos de um ano um tanto tormentoso, marcado por um carrossel de emoções ambíguas, lágrimas, despedidas e muitas mudanças.
Nem tudo foram espinhos nesse mar de flores. Há muito pra comemorar, por exemplo, o enfrentamento de tantas adversidades sem necessidade de "muletas" e coadjuvantes. Sempre fui eu, de cara limpa e coração aberto. 
Período de aumento da capacidade de perceber as coisas como realmente são, sem a lente embaçada pelo Véu de Maya. A realidade da forma mais crua, sem distorções românticas e sem as lentes limitadoras dos meus pré-condicionamentos e pré-conceitos. Tudo é e sempre será, independente da minha compreensão sobre isso.
Um novo tempo se aproxima e eu sigo soprando ao vento da vida as sementes dos meus de desejos, dos meus anseios e das minhas esperanças. A eterna magia do recomeço, a ideia sempre presente de que "cada respiro é uma segunda chance", uma aventura e um caminho desconhecido a se trilhar, com a força e a leveza de quem sabe, no íntimo, que pra voar e aproveitar todas as oportunidades é preciso desnudar-se da própria e frágil origem.
Num sopro vigoroso, corajoso e libertador espalho versos, bendições e alguns lamentos de saudade...pronta para o que vier, para um novo ano, um novo tempo e novos "eus" que ainda brotarão de mim.