Já vivi de um tudo nesta vida e ultimamente estou aprendendo a conviver com um bipolar.
A situação é bizarra, parece até que estou num parque de diversões, na montanha russa ou no
trem fantasma, pois nunca sei qual será a próxima "surpresa" (sempre ruim, diga-se de passagem), só sei que ela virá.
Estar na "pista" (de dança, da via pública, da vida, etc etc etc) com um bipolar requer muito cuidado e uma certa dose de "idiotice", além de toda a paciência deste e de outros mundos.
Tem que parecer meio "lesado", do tipo lerdo e idiota mesmo, caso contrário não dá pra "relevar" as barbaridades diárias do sujeito (oculto e indeterminado).
Cada dia a sua agonia, com uma "máscara" diferente, ora a figura está radiante e é toda sorrisos,
ora a "carranca" assusta até as despreocupadas moscas esvoaçantes.
É uma dificuldade saber qual será a fantasia escolhida para o baile de cada dia.
Não dá pra saber quais serão as manobras de tão imprevisível condutor.
Advinhar, nem pensar, pois a minha "bola de cristal" foi pro conserto sem previsão para retorno.
E assim vou levando a vida nesse "passeio" cheio de emoção, com altos e baixos, muita turbulência e sem "air bag" capaz de proteger-me da insanidade alheia....
Oras bolas, se já não bastassem as minhas próprias loucuras, agora sou compelida a conviver
com um doido que se acha "normal" e "cheio de razão"........intransigente toda vida e ainda gosta de "sair na foto" como "bom-moço" e equilibrado.
Eu posso com isso!!!!!
Haja tarja preta......(pra mim não, pra ele é claro).
Em tempos de ressurreição do "eletro-choque", o melhor é manter a calma e não contrariar o
bichinho, vai que ele tem um surto psicótico e pensa que é Deus, ai estarei condenada à danação eterna.
Agora me responda: Como posso ser uma "mocinha bem comportada" com um "karma" desses?
É na porrada mesmo!.