quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2011....Dust in the wind.


Neste último post do ano é quase impossível não pensar em tudo que aconteceu no decorrer de 2011, de forma que as lembranças sejam úteis na tarefa de estabelecer alguns parâmetros e prioridades para o ano vindouro.
Não tenho mais como modificar o que passou, ficaram somente as lembranças, as lições aprendidas e a vontade inesgotável de viver, sempre, seja de que jeito for.....
Profissionalmente o momento é dos mais delicados, olho para a Instituição da qual faço parte há 15 anos e sinto-a totalmente fragmentada, enfraquecida.....fora os escândalos de corrupção envolvendo membros da casa, na minha opinião, há um excesso de especialização que levará, ao meu ver, à pulverização da própria entidade, com a distribuição paulatina de suas atribuições para outros atores sociais....Por outro lado, criou-se dentro da Instituição pequenos feudos, independentes, onde cada "senhor" faz o que entende melhor para si, não para o "Reino" como um todo......, embora sejamos todos iguais e tenhamos sido aprovados num mesmo concurso, de forma latente e silenciosa cristalizou-se categorias de profissionais pela "importância" de suas atribuições e espaço na mídia, sem relação direta com os resultados de sua atuação.......não sei porque isso tudo me lembra as aulas de hitória, no curso ginasial, sobre a expansão e a queda do Império Romano.....aqui, também os bons combatentes estão morrendo.....
Bem, não há nada que possa ser feito para modificar esta relação de poder (suserania e vassalagem, intelectuais e operarios do direito, cigarras e formigas, etc) há muito incrustada na estrutura do serviço público nacional e, nos próximos 05 anos que me restam antes da aposentadoria, vou realizar as tarefas que me cabem da melhor forma possível, sem ilusões ou aspirações.....não tenho "QI" para tanto....força de trabalho, capacidade e dedicação não valem "ingresso" no "Olimpo".
Em contraponto ao caos profissional, no campo pessoal as "escavações" interiores intensificaram-se e novos territórios começam a ser explorados. O encontro com o "não-eu", a escuta ativa da "outra"......novas percepções de um mesmo fenômeno, a metanóia. As "faxinas" semanais como instrumento de liberação, retirada do "lixo emocional", dissolução de nós, conflitos existenciais há muito encravados nas cavernas do meu inconsciente....como diria aquele personagem do Toy Story: Infinito e além.....eis a minha meta para 2012!
Que venha o ano novo.... ao lado dos meus filhos queridos, Arthur e Lucas e do meu amado-amigo Celso, companheiro de jornada, tenho todo o amor de que preciso para seguir em frente, feliz da vida
por estar viva!!!!!